30 de maio de 2010

A Fuga de petróleo no Golfo do México



A conclusão que eu tiro de tudo isto da fuga de petróleo no Golfo do México é de que se desperdiçam vidas animais e se ameaçam vidas humanas em "prol" de um recurso energético que se revela cada vez mais obsoleto e, acima de tudo, ao que parece, a escassear. O que retiro disto é que esta fuga dura desde o dia 22 de Abril e que "injecta" no mar o equivalente a 5 mil barris de crude de 50 litros por dia, (a BP diz que são 1000, fontes oficiais que são 5000 e há ainda outras que afirmam ser mais...) todos os dias. Se pensarmos um pouco, chegamos à conclusão de que até hoje o mar foi poluído com cerca de 9 milhões e meio de litros de petróleo e gás. Isto ameaça e destrói a vida marítima, isto mata animais voadores, isto é destruir o Mundo.

Tirei este excerto de um artigo do Público online, para que vejam como se está a combater um desastre com mais desastre.

"As autoridades do Luisiana e ecologistas dizem-se preocupadas com o impacto dos produtos químicos que a BP está a utilizar para dispersar a maré negra no Golfo do México.

Ontem, responsáveis dos serviços de saúde, qualidade do Ambiente e pescas do Luisiana pediram ao director-executivo da BP, Tony Hayward, informações sobre o uso dos químicos. “Estamos gravemente preocupados com a falta de informação sobre o uso dos dispersantes para lutar contra a maré negra no Golfo do México e qual o impacto desses produtos nas populações, qualidade das águas e do ar, bem como nas pescas e vegetação costeira”, escreveram numa carta comum.

O dispersante usado é o Corexist, fabricado pela NALCO Energy Servisses, empresa sediada no Texas. No seu site, a empresa explica que este produto contém um baixo nível de substâncias químicas nocivas, que apresentam riscos de irritação para os olhos e pele.
A BP e a Guarda Costeira têm vindo a usar estes químicos, à superfície e no fundo do mar, para tentar desesperadamente conter a maré negra. Segundo um estudo da organização não lucrativa de informação ProPublica, citado pela revista online Grist, a BP já terá comprado um terço do stock mundial daqueles químicos.
Associações ecologistas já têm vindo a alertar para esta chuva de químicos misteriosos sobre as águas do Golfo. Por exemplo, a National Wildlife Federation (NWF), a maior organização privada Americana de defesa da natureza, quer saber onde vão acabar aqueles químicos.

“Estes produtos são concebidos para reduzir o petróleo em pequenas partículas, sem o fazer desaparecer, mas tornando-o mais facilmente biodegradável”, explicou Bob Perciasepe, da Agência americana de Protecção do Ambiente (EPA).

O que é certo é que esta quinta-feira, a EPA suspendeu a utilização dos dispersantes em profundidade, junto à fuga, para dar tempo de obter os resultados de análises que determinem o impacto dos químicos no ecossistema."

Por fim, gostaria que se voltasse a pensar nas energias limpas e alternativas. Gostaria que se fizesse tanto investimento no desenvolvimento destas energias com se faz na descredibilização das mesmas. Gostaria que se percebesse que ao invés de irmos perfurar para encontrar a energia, se utilizassem fontes de energia que vêm, elas próprias, ter connosco. Pare-se de pensar nestas alternativas como obsoletas, comece-se a investir no seu desenvolvimento. Porque o investimento nelas é imensamente pequeno, e isso assusta-me. Se elas mostram resultados promissores com tão pouca pesquisa imagine-se se se aprofundasse o conhecimento que temos nelas. O Sol é a fonte de energia mais promissora, dele poderíamos arrecadar mais energia num dia do que a que retiramos em um ano inteiro através do petróleo e gás natural - basta intensificarmos a pesquisa para percebermos como o fazer. Passado já mais de um ano desde que ouvi falar dos painéis solares côncavos no Discovery Chanel, continua a ser uma tecnologia pouquíssimo divulgada e pouquíssimo investigada. No espaço cibernético pouco se encontra... Eu gostava de saber o porquê, quando eles produzem o dobro do que os painéis convencionais produzem, para além de serem produzidos com materiais mais baratos
Espero que um dia se comece a pensar seriamente em apostar nas energias alternativas, em vez de ver sempre os «fat cats» do petróleo virem dizer que elas são obsoletas e tirarem oportunidade de argumentação a quem as tenta defender. 

Até à próxima.

2 comentários:

  1. Martim Loureiro31/05/10, 12:35

    Parece-me que estás em baixo... Muito trabalho? =/ Vamos lá força nisso, vou-te enviar um mail com o link com 117 documentários ;)

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  2. Ainda to à espera desse mail.
    Mas realmente tenho andado em baixa... e de facto é mesmo pelo trabalho... Sabes como é, é o Mundo que temos, onde temos de trabalhar para comer, ter um tecto e condições básicas... Muda-se-se isto e acabar-se-iam os problemas!
    Cumps Martim (prometo que vou estar por cá mais frequentemente)

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