3 de outubro de 2013

Dois anos depois



"Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos, 
Pressentindo a derrocada 
Da grande prisão sem grades 
Onde há já milhares de anos 
A razão vive enjaulada. 

Vem perto o fim do capricho 
Dessa nobreza postiça, 
Irmã gémea da preguiça, 
Mais asquerosa que o lixo. 

Já o escravo se convence 
A lutar por sua prol 
Já sabe que lhe pertence 
No mundo um lugar ao sol. 

Do céu não se quer lembrar, 
Já não se deixa roubar, 
Por medo ao tal satanás, 
Já não adora bonecos 
Que, se os fazem em canecos, 
Nem dão estrume capaz. 

Mostra-lhe o saber moderno 
Que levou a vida inteira 
Preso àquela ratoeira 
Que há entre o céu e o inferno."   
                                                                                                                        António Aleixo, "Porque o Povo diz verdades"
                                                                                   in "Este livro que vos deixo"



Caros leitores,

Quase dois anos passaram desde a minha última mensagem. Eu próprio tenho dificuldade em acreditar. Não, eu não esqueci a minha palavra-passe, nem fui viver para uma caverna. A verdadeira caverna é aquela que Platão descreveu na sua fabulosa Alegoria.
Estes últimos foram dois anos incríveis, esplêndidos de esperiência de vida, de viagens, dos quais saíram textos, em forma poética ou literária, e nos quais me tornei outra pessoa, com as mesmas bases. Sou hoje mais esclarecido, mais calmo, mais informado mas sobretudo nada menos lutador. Continuo a acreditar no Projecto Venus, continuo a ter a certeza de que o verdadeiro Mundo não é este que os media nos mostram e sigo com a firme certeza de que cada ser humano é em si uma criatura esplêndida, carregada de talentos e um potencial tremendo. Acredito também que se os seres humanos tivessem a informação sobre o que realmente se passa no Mundo, então concerteza que mudar as coisas estará a um pequeníssimo passo de distância.
Por isso o meu dever cívico é informar e tentar chegar ao máximo número de pessoas, com o maior rigor que possa, consciente das minhas limitações culturais, educacionais e cognitivas, mas tentando fazer o meu melhor. No entanto, limitado que sou, concerteza informarei melhor que o que os media informam, isto porque as minhas informações são puras, não são as sombras que descreve Platão, porque eu arrisco sair da caverna para vir espreitar "cá fora" a realidade e a essência das coisas.
Prometo, caros leitores, que a partir da próxima semana, vou publicar a um ritmo regular uma mensagem todas as Segundas-Feiras. A minha disponibilidade é pouquíssima, mas a minha vontade é maior.
Para finalizar, queria agradecer, do mais âmago de mim, a vocês. Infelizmente não encontrei forças para escrever e o blogue estagnou em termos de mensagens publicadas - isso é algo que peço que me desculpem. No entanto, fico impressionado com o número de visitas que ainda assim recebi até hoje, tendo em conta que publico apenas na Língua Portuguesa. São mais de sete mil visitas, desde o Brasil, Estados Unidos, Nepal (!), França, Rússia e Portugal. Estarei eternamente grato a todos vocês e de certeza que sem esta força de motivação não estaria aqui a retomar o blogue e a regularidade das mensagens.

Assim me despeço por hoje e vos digo até Segunda-Feira.

Fiquem bem, e lutem por isso!

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