26 de agosto de 2010

Augusto Santos Silva - já repararam que as iniciais formam a palavra "ass"?

Andei a última semana à procura de registos históricos sobre quando é o dia das mentiras. É que estava mesmo convencido que o dia das mentiras era no dia 21 de Julho, mas afinal é lá para os lados de Abril. A razão de ter andado tão enganado é que o nosso ministro da defesa, Augusto Santos Silva, o tal membro empenhado do Clube de Bilderberg (reparem que consta na lista de participantes), veio a público precisamente no último dia 21 de Julho, afirmar durante uma visita à Academia Militar do Exército que Portugal vai enviar espiões militares para o Afeganistão! Diga lá caro leitor se isto parece ou não mentira... Eu por mim demorei bastante tempo a convencer-me de que o homem estava a falar a sério. Então Portugal, um país pequenino que «supostamente» não tem interesses no Afeganistão, que não tem absolutamente nenhum historial de guerra contra o Afeganistão, vai enviar espiões para lá?! 
Depois de Barack Obama ter andado desde que chegou ao poder com avanços e recuos, promessas e «despromessas», a afirmar que os Estados Unidos querem sair da guerra para logo a seguir enviar mais 30000 soldados (30000 pessoas com família, por outro prisma), numa guerra que dura há oito anos, onde na verdade olhando bem os dados se nota que morrem mais cidadãos inocentes que propriamente esses aborígenes que andam a correr gritando poética e epicamente "Alá! Alá!" pela ruas enquanto carregam cintos carregados de bombas, esses autênticos vilões de sete cabeças, esses Golias, contra quem o David luta à quase uma dezena de anos. Vamos lá... Deixemos-nos de hipocrisias, deixemos de tratar estas pessoas como se fossem o que acabei de dizer. O que mexe esta e as outras guerras é o lucro puro e duro, é a busca por mais e mais petróleo, é a ganância, motriz primordial do Mundo actual. Se se quiser acabar com a situação que o Afeganistão vive, deixe-se de enviar pessoas carregadas de armas, deixe-se de enviar rockets, jactos, tanques de guerra, deixe-se disto e enviem-se médicos, professores, psicólogos voluntários, pague-se ao governo afegão o que o petróleo vale (quando não devia valer nada) em vez de se o querer de graça e em vez de oito anos de guerra intensa e de fomentação de mais e mais raiva que estas pessoas sentem crescer naturalmente dentro de si pelo Ocidente, oito anos esses que prevejo que se possam prolongar e quiçá estender por outros países à culpa da "migração talibã", em vez de oito anos de guerra dê-se-lhes 20 ou 30 anos de desenvolvimento sustentado, de apoio, de respeito pela sua fé. Aí poderia ser que o Afeganistão e os seus cidadãos pudessem sentir esperança de um dia vir a ver o seu país longe de guerras e mortes de pessoas inocentes, que nada têm a ver com o petróleo, que nada querem saber de "politiquices".  O Mundo está de pantanas e o os big bosses do nosso Portugalito parecem querer ajudar a manter essa situação. Não sabem controlar um país tão pequeno e querem ir controlar os dos outros...

Fiquem bem e lutem por isso. Hasta.

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